Capoeira Angola-Ensáio Sócio Etnográfico - Waldeloir Rego
Waldeloir Rego, Capoeira
Angola -- ensaio sócio-etnográfico,
Editora Itapoan, Salvador, 1968 - Obra publicada com a colaboração da Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado da Bahia. In-8.vo de 400 páginas. Ilustrações de Hector Júlio Paride Bernabó (Carybé).
Editora Itapoan, Salvador, 1968 - Obra publicada com a colaboração da Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado da Bahia. In-8.vo de 400 páginas. Ilustrações de Hector Júlio Paride Bernabó (Carybé).
Nascido
a 25 de agosto de 1930 em Salvador, Waldeloir Rego dos Santos foi uma pessoa
muito culta e de atividades múltiplas. Foi professor, pesquisador, historiador,
escritor, etnólogo, antropólogo, folclorista, ensaísta, artista plástico e
designer de joias com temática afro-baiana.
Waldeloir Rego, que residiu no Rio Vermelho, faleceu em Salvador, aos 71
anos, no dia 21 de novembro de 2001, no Hospital Santa Isabel, onde se
encontrava internado após sofrer um AVC.
Deixou uma biblioteca com 15 mil títulos, dentre eles livros raros e
obras de referência na literatura afro-brasileira. Hoje, esse valioso acervo
faz parte do Memorial Waldeloir Rego, instalado no 3º andar da Biblioteca
Pública do Estado da Bahia, em Salvador.
O livro
“Capoeira Angola - Ensaio Sócio-Etnográfico”
publicado em 1968 é um dos documentos mais importantes que existe sobre a
capoeira.
“O livro que tem bastante informação, trás,
dentre muitas outras coisas, história da capoeira e comentários sobre a origem
da palavra capoeira”.
Fala
também da indumentária:
...”Falar de indumentária de capoeira
em termos de cor e trajes padronizados, identificando um determinado grupo, é
coisa recentíssima, nascida do advento de um turismo culturalmente mal
orientado, surgido na Bahia, há pouco, mas já bastante responsável pela
descaracterização de muitas de nossas tradições”
Informações sobre toques e
golpes:
...”Há no acompanhamento musical
toques que se poderia chamar de gerais, porque são comuns a todos os
capoeiristas, os quais são executados ao lado de outros que são particulares de
determinada academia ou mestre de capoeira. Também acontece, e não raro, um
mesmo toque, apenas com denominação diferente entre os capoeiras.”.
Há também Informações básicas
sobre os instrumentos e “comentário às cantigas”.
O capítulo X “Capoeiras famosos e seu comportamento na comunidade social” fala um pouco sobre a capoeiragem do final do
século XIX e início do XX no Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Cita nomes de
capoeiras do passado, como: Manduca da Praia, Nascimento Grande, Besouro e
vários outros.
O capítulo XIII trata de “A capoeira no Cinema e nos Palcos Teatrais”. O Capítulo XIV sobre “A Capoeira nas Artes Plásticas”, que destaca a obra de Carybe. No capítulo XV fala-se sobre
“A Capoeira na Música Popular brasileira”; e no Capítulo XVI a respeito de “A capoeira na Literatura”.
Além disso, e mais
interessante para um aluno de capoeira, é a grande coleção de músicas.
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“... lançou as bases metodológicas de
boa parte das análises que se seguiram, principalmente no campo das ciências
humanas: sistematizou a discussão sobre as origens africanas ou brasileiras da
capoeira, identificou as principais tradições e rituais, os principais
portadores de sua memória oral e as principais transformações ocorridas na
capoeira enquanto manifestação da cultura popular.” (Mestre Luiz Renato)
Melhor livro de capoeira que já li.
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